31 maio, 2014

Bukiwaza pt 2 (Kashima Shinryu Kenjutsu)

Kashima-Shinryu - é uma escola de artes marciais japonesas com cerca de cinco séculos ( koryu ).
As três técnicas foram formalizados por samurai: Matsumoto Bizen-no-kami Ki no Masamoto, Kunii Genpachiro Kagetsugu eKamiizumi Ise-no-Kami Fujiwara nenhum Hidetsuna desenho estilo principalmente técnica chamada de "a espada de Kashima" e suas experiências no campo de batalha.
O nome Kashima vem do nome do templo e da cidade onde o estilo foi criado, localizado na província de Ibaraki , no Oceano Pacífico, a leste de Tóquio . Shinryu pode ser traduzido como "estilo divino" e significa que os princípios da escola foram inspirados pela divindade celebrada no templo xintoísta Kashima Takemikazuchi no Mikoto.
O ensino inclui a luta com as mãos ( jujutsu ) ea prática de muitas armas: espada ( kenjutsu e Battojutsu), naginata , yari,shuriken , vara longa ( bojutsu ) e curto ( jojutsu ), etc.
A escola teve uma evolução relativamente calma durante o período Edo e experimentou um interesse renovado a partir do início do xx º  século, para a 18 ª shihanke, Kunii Zen'ya, apelidado de Musashi Showa. Hoje em dia, a prática continua sob a direção de 19 º shihanke, Seki Humitake, principalmente no Japão, mas também na América do Norte , Eslovênia ,Alemanha , Holanda , Reino Unido e Finlândia .
Uma prática diferente, em grande parte influenciado pelo aikido, espada da escola é ensinado por Minoru Inaba no Japão, este último tendo estudado a espada cerca de 1 ano a partir Kunii Zen'ya antecessor Seki Humitake.
Kata espada é dividido em várias séries, incluindo os 5 primeiros são:

  • Kihon Dachi (1 ª série OMOTA WAZA): Os princípios de sabre

    Esta primeira série inclui cinco katas cujos movimentos são a base da escola Kashima Shinryu. Regularmente trabalhar estas séries ajuda a desenvolver posições, atitudes, densidade corporal e hara permitindo que o médico a compreender a outra série com uma base sólida. Exercícios de Kihon Dachi consistem em duelos em estreita faixa (tachi-ai) que ajudam a internalizar o objetivo final (gokui) de "espada, mente, corpo 3 sendo um" (ken-shin-tai Sanmi Itai). Eles são sempre feitos com bokuto (grande espada de treinamento de madeira).

    1. Kesa Giri
    2. Ashi baraï Ukibune
    3. Kiri Wari
    4. Wari Tsuki
    5. Kuraï Dachi

    • Ura Dachi (2 ª série, URA WAZA): Retorne a espada
    A segunda série é a série onde Tori (Shite) penetra defesas Uke (Aite) retornando Ken contra ele. Esta série é feita para trás três bons não sincronizada entre os dois protagonistas. Estes exercícios levam os profissionais a aplicar as técnicas quando se aproximam um do outro (yukiai) e calcular a distância de compromisso e tempo (maai). Com a prática Ura Dachi, o praticante é necessário para entender as técnicas de Kashima-Shinryu não são reativas, mas exigem um tomar a iniciativa (sen-sen-no-sen)

    1. Men Tachi zuke
    2. Kesa Tachi zuke
    3. Do Tachi Zuke
    4. Gedan Kote Dome
    5. Kyo dachi Kote Giri
    6. Sokui Zuke
    7. Mikiri Ken chu Taï
    8. Naori Taï chu Ken
    9. Kesa Giri Sode Suri
    10. Enbi Ken

    • Aishin kumitachi (3 ª série): Juntos, sincronização, Kens relacionado
    Esta série pressupõe a simultaneidade e sincronicidade dos dois protagonistas. Ela exige um profissional para aprender a usar os movimentos em espiral para unificar a espada com o fluxo inicial de ki, e assim controlar uma situação em que ambas as partes estão tentando usar o mesmo movimento contra a outro. As espadas feitas nestas técnicas exercícios são idênticas às feitas por altos guerreiros, mesmo antes do aparecimento do Kashima-Shinryu identificável como uma escola.

    1. Kumitachi Kiridome
    2. Kumitachi Seigan
    3. Kumiwakare Warizuki
    4. Kumitachi Kaeshigote
    5. Kumiwakare Taoshiuchi

    • Jissen kumitachi (4 ª série): O fruto, o resultado em combate, os Kens relacionados
    Esta série resume as conquistas da anterior. Estes exercícios ensinar o praticante a controlar os duelos que começam apenas fora do alcance de tiros (ippo itto maai). Neste momento, o shitachi (sócio estudante) inicia o movimento, uchitachi (professor parceiro) responde por ler e acompanhar o seu movimento, na tentativa de tomar a iniciativa (go-no-sen). Shitachi é o e é necessária para a realização da técnica no urawaza mais alto nível (técnica interna). Durante o século 19, quando Kashima-Shinryu foi ensinado sob o nome Shinkageryu ativistas guerreiros domínio Mito e outro de treinamento kenjutsu foi focado apenas neste conjunto de exercícios.

      1. Tsuki Kaeshi
      2. Kiri Wari
      3. Sokui Dachi
      4. Hayanuki Fudoken
      5. Sodesuri Seigan
      6. Gedan Koteuchi
      7. Tsubame Gaeshi
      8. Tsubazeri Daoshi
      9. Makitachi Oikomi

      • Kassen Dachi (5 ° série): Lutando contra o ken intransigente
      Esta série induz a noção de antecipação SENTE (frente) e "destruição do equilíbrio" Taoshi (para baixo, para trás) e TSUBUSHI (pausa, esmagar). Estes exercícios ensinam técnicas principais para o campo de batalha em tempo onde os lutadores usavam armadura japonês tradicional e carregado em uma distância duelo (yukiai). Estas técnicas exploram os pontos fracos da armadura e empregar princípios mecânicos sofisticados para desequilibrar o adversário.

      1. Sente Tskuiage
      2. Sente Seigan
      3. Sente Tsukikaeshi
      4. Sente Tsukadaoshi
      5. Sente Enbidaoshi
      6. Jodan Nukidaoshi
      7. Gedan Nukidaoshi
      8. Fudoken
      9. Kesa Tsubushi
      10. Muniken



      20 maio, 2014

      O Paradoxo do Autodidata


      Este é um assunto que sempre me chamou a atenção, talvez pelo fato do Brasil estar apinhado deles, ou por termos uma maior facilidade a conhecimentos que antes eram restritos aos círculos internos das artes marciais. De qualquer forma, acredito que vale a pena um texto aqui no blog sobre este assunto muitas vezes tão controverso. Este artigo de maneira alguma se propõe a atacar qualquer professor ou entidade, qualquer semelhança deve ser encarada apenas como isso, uma semelhança. Todo caso deve ser estudado individualmente, e não como uma generalização habitual. Também não pretendo tirar qualquer conclusão deste assunto, são apenas pensamentos sobre o assunto que pretendo aprofundar com o tempo.
      Para começar este texto, primeiramente temos que definir alguns conceitos essenciais para não ocorrer distorções e entendimentos errôneos.
      Começando pelo título, o autodidata é uma pessoa que aprendeu determinado corpo de conhecimento sem o auxílio de professores ou de orientação específica. Quando falamos de Kung Fu ou Artes Marciais Chinesas, basicamente o auto didata é a pessoa que aprendeu determinadas técnicas sem a presenção de um professor. Isso pode vir em diversos níveis, temos tanto os que buscam técnicas reconhecidas de maneira ampla, os que aprendem porções menores e aqueles que utilizam o termo para se referir a criação de técnicas próprias.
      Vamos definir agora o que seria um paradoxo. De maneira geral, eu particularmente prefiro a seguinte definição: "figura de retórica que consiste em associar afirmações aparentemente contraditórias". De maneira geral podemos falar que um paradoxo é uma ato ilógico pela sua concepção. Mas o que isso tem a ver com o Kung Fu? Calma que já irei explicar.
      A última definição é o que seria Kung Fu. Embora pareça simples, de maneira geral, é extremamente mal compreendida. Não irei utilizar minha definição pessoal pois ela não engloba o todo, porém a IWUF (International Wushu Federation) define como toda Arte Marcial criada na China ou por chineses. Então de maneira geral, tudo que não estiver dentro destes parâmetros, não é Kung Fu.
      Definidos estes conceitos, iremos agora analisar de maneira geral em uma linha do tempo simples o desenvolvimento dos autodidatas, especificamente no Brasil. Vamos dividir em 03 momentos distintos, para facilitar, chamaremos os mesmos de Inicial, Moderno e Contemporâneo. Estas nomenclaturas são apenas referências e em nada possuem relações com nossas definições de tempo e nem mesmo com movimentos como o Modernismo brasileiro. Vale lembrar que a divisão dos mesmos não implica em uma divisão temporal, existem professores atuais que estão no período inicial, por exemplo, mesmo com toda a informação a disposição de todos.
      O período Inicial foi um momento em que não existia o advento do conhecimento na área. Os filmes de Kung Fu chegavam a todo momento no Brasil e quem não possuía acesso a um professor qualificado ou não dispunha da paciência para aprender como deveria acabou se baseando em toda essa carga de informações fantasiosas e no que pensava serem as artes marciais chinesas para criarem seus próprios estilos. Muitas vezes os livros, além dos filmes, eram as únicas referências disponíveis para o desenvolvimento de suas técnicas. Normalmente são movimentos desconexos que possuem forte ligação estética e de raciocínio com outras artes marciais, como Karate, Tae Kwon Do e afins, que estavam em voga na época. Os professores desta época geralmente possuem o que chamamos de "chineses genéricos" ou "misteriosos". São  professores que ninguém até mesmo na comunidade chinesa tem conhecimento e muitas vezes ensinam estilos desconhecidos ou de procedência duvidosa.
      O segundo período, chamado Moderno são normalmente compostos de professores que aprenderam até determinado ponto algum estilo de Kung Fu e a partir deste momento desenvolveram seus sistemas próprios. Muito comum terem passado por diversas academias e desenvolvido seu sistema baseado no que viram com pouca profundidade. Algumas vezes por falta de conceitos acabam caindo nos movimentos desconexos e sem padrão algum. Estes talvez sejam os autodidatas em maior atividade no país, alguns utilizando nomenclaturas de sistemas tradicionais chineses, outros com identidade própria mas ainda presos nas artes marciais originadas da China.
      Enfim, o último chamado período Contemporâneo se baseia nos professores que possuem a internet e vídeos em diversos formatos para a formatação de seus estilos. Aqui entram diversas categorias, desde os que seguem um sistema chinês por completo, aos que montam o que chamamos de "Frankenstein", que seria o recorte de diversos sistemas englobados em um único conteúdo sem discernimento visível. A grande globalização acabou por ajudar os auto didatas a entenderem e aproveitarem o material disponivel, livros e vídeo nunca foram tão divulgados quanto neste momento.
      Continuemos neste momento com o assunto proposto no título do blog. O que seria no final o paradoxo que definimos para podermos entender o assunto?
      Existe um conceito subentendido no Kung Fu Tradicional, e aqui estarei deixando de lado o de competição, que é necessário um guia e orientador para treinar, sendo preciso um acompanhamento diário do mesmo. Este é um aspecto intrínseco e cultural chinês onde as artes marciais são tratadas como uma família, tendo pais, avós, irmãos, sobrinhos e tudo o mais. Portanto, o conhecimento deve ser passado de geração para geração, e desta transmissão vem o termo tradicional.
      Quando se é um autodidata, normalmente você não possui um conhecimento formal de qualquer tipo de arte marcial chinesa, especialmente quando não possui a paciência para se desenvolver dentro de um estilo antes de sair do mesmo. Isso é um agravante nos primórdios do Kung Fu no Brasil. Muitos dos que aqui chegavam tinham como objetivos a proliferação do sistema, deixando em segundo plano questões como cultura e conceitos teóricos. Isto formentou uma geração inteira de reprodutores, e não de entendedores. Apenas os mais persistentes foram finalmente entendendo o modo e didática chinesa, assim conseguindo desenvolver realmente seu Kung Fu a um patamar aceitável. De maneira alguma digo que isso foi generalizado, mas aconteceu mais do que deveria.
      Em um período onde a busca do entendimento esbarrava em barreiras linguísticas e de pensamento, tivemos os autodidatas aprendendo de livros e filmes. Isto em conjunto com a idéia geral do que são Artes Marciais Chinesas Tradicionais e da mistificação do pensamento oriental, deu origem ao que hoje vendem como sendo Kung Fu em diversas escolas no mínimo suspeitas.
      Temos também outro grupo, que aparenta apresentar um Kung Fu Tradicional, porém no entanto falha em um princípio valoroso, a tradicionalidade da transmissão do pensamento. Existe um diferença muito grande entre copiar o movimento e entender o mesmo. Apenas através de um ensinamento de geração para geração que podemos realmente compreender as nuâncias de um sistema, para assim sairmos do lugar comum e do sentido subjetivo.
      Sempre existe o meio termo, pessoas que normalmente abandonaram o tradicional e seguem independentes com uma ideologia ocidental. Acabam pegando apenas o que acham ser útil de diversos lugares e infelizmente, muitas vezes continuam a falar que é Kung Fu para poder usar o marketing Porém este artigo não é para falar sobre estas diferenças, mas sim sobre o paradoxo do autodidata.
      A contradição acontece justamente no que ensinam. Como não passaram por todas as etapas ou acabaram desvirtuando as mesmas, ensinam uma visão própria e pessoal que muitas vezes foge da proposta e conceito original. Infelizmente, este tipo de ação não acontece apenas no Brasil, temos exemplos claros em países até mesmo como a China, onde a informação e acesso são extremamente mais facilitados.O entendimento natural do praticante diante de seu corpo de técnicas  perante os conceitos não acontece antes do desligamento. Isso leva a diversas consequências, sendo uma delas a falta de vida, ou a alma em suas técnicas.
      Isso não seria problema caso alegassem outra justificativa completamente diferente. Muitos não conseguem dar vida ao seu Kung Fu simplesmente por estarem presos a padrões errôneos no âmbito do tradicional, como por exemplo o de Wushu Moderno (isso também acontece com o famílias tradicionais, mas é outro assunto). Outros insistem em falar do "verdadeiro kung fu tradicional" quando nunca experimentaram ou vivenciaram a relação de pai e filho dentro de uma família marcial. Existem ainda os "místicos", ou os que sempre utilizam da mistificação do oriente para vender seu produto, utilizando conceitos do imaginário comum para alavancar o seu negócio ou sua própria ideologia. Outros ainda alegam ter tido um aprendizado de técnicas que não serviam e precisavam ser complementadas.
      Aqui vale uma nota extremamente importante, ou como um amigo costuma dizer: "Wushu não seria tão único se deixasse de manter todas as técnicas e métodos necessários.". Não nego que efetivamente podem ter deixado de aprender da maneira correta qualquer tipo de técnicas, porém isso se deve muito mais ao fato da didática ou qualidade do professor do que das técnicas em si. No entanto muitos utilizam este engodo para literalmente disfarçar seu pouco avanço dentro dos sistemas chineses.
      Existe também a questão da fervorosidade de sua ideologia. Muitas vezes isso acaba por "cegar" o professor quanto ao que realmente está ensinando. Quanto mais tentam se aproximar do seu ideal, mais se afastam de alcançar o que tanto desejam. Quantas vezes não vi um professor buscar tanto algo e o modo mais fácil (porém mais longo) seria simplesmente olhar para o que está a sua volta? Deste ponto nada mais do que a amargura pode ser produzida. Mesmo quando se utiliza uma frágil armadura para proteger os mesmos e seus seguidores do "maligno" mundo profano..
      No final, muitos dos casos acabam sendo levados para a questão do Ego, a importância de ter importância. Não me admira que exista um paradoxo imenso entre o que ensinam e o dizem ensinar. Dentro de uma concepção psicológica, pode ser uma fuga para uma série de razões que incluem ganância, medo, desconfiança, imaturidade entre muitas outras.
      De maneira geral não deixa de ser irônico muitos serem tão fervorosos com suas convicções e acabarem ensinando outra coisa completamente diferente, seja de maneira consciente ou não.

      Apesar do texto, referir-se exclusivamente as artes marciais chinesas, esse é um problema que atinge a todas elas, sem exceção.


      Fonte - kuoshubr.blogspot.com.br
      Autor - Marco Antonio Seschi Rodrigues

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