24 dezembro, 2011

A todos os Mestres, Instrutores e alunos



Um Feliz Natal e um Próspero Ano novo. Que a paz de Cristo Jesus, esteja em todos os lares e corações. Que em 2012, continuemos a transmitir corretamente as novas gerações, tudo aquilo que foi repassado por " O SENSEI",  aos seus alunos diretos e, que consecutivamente herdamos, através de nossas genealogias. Que apesar de estarmos físicamente distantes, estejamos todos em um só pensamento, conspirando juntos com o Universo e, perpetuando como raízes de uma grande árvore, a nobre Arte do Aikido, para as futuras gerações, pois esse é o nosso legado.

São os sinceros votos de

Teixeira Sensei
Dojo Cho - Nagare Dojo Aikido


15 dezembro, 2011

Artigos


Como escolher um bom Professor de Aikido
Por Susan Perry
O que deve ser um professor de Aikido?

Nós freqüentemente voltamos a esta pergunta à medida que nos empenhamos em criar novos caminhos em uma arte que nos apresenta uma nova e rara perspectiva de vida.
Aqueles que estudam Aikido medem as coisas através de um espectro amplo e, a concepção de um bom professor de Aikido também é muito
ampla, variando desde alguém que somente ensina a técnica até uma autoridade moral equivalente ao Papa.

Uma opinião é a de que os bons professores de Aikido simplesmente mantêm-se progredindo por conta própria. Nesta visão, uma característica dos bons professores é que eles estão tão ocupados com seu avanço que não têm tempo para olhar para seus seguidores que estão atrás, alguns dos quais podem não ir muito longe. De acordo com esta concepção, os estudantes deveriam se esforçar para seguir os professores embora eles não possam ver o que vem à frente.

Esta visão romântica de ensinar parece Oriental porque insinua que os estudantes deveriam ser discípulos dedicados. É necessária uma tremenda fé para os estudantes seguirem um professor através do desconhecido.

O sistema americano de educação - que distingue "oportunidades de pesquisa" de "ensinamentos pedagógicos" - nutre uma visão semelhante. A capacidade para pesquisar - desbravar novos terrenos em seus campos, adquirir concessões, e inspirar os estudantes mais talentosos - muitas vezes é deixada de lado por aqueles que são contratados para ensinar, que gastam seu tempo afiando suas habilidades de comunicação com estudantes e se preparando para as aulas. Ansiosos no rastro de uma nova informação, pesquisadores focalizam seus olhos à frente - permitindo às vezes que sejam encaixados no estereótipo de professor distraído, irritável, desleixado. Tais pessoas podem ser quase impossíveis de se entender e, ai está um ponto no qual eles não são bons professores. Ainda sim eles são vistos como valiosos porque podem enxergar mais distante que o resto de nós.

Nesta concepção, os professores não precisam ter senso prático. Que diferença faz (pergunte aos defensores desta visão) se os professores podem cuidar de si próprios ou se eles têm algum interesse no mundo cotidiano?

A palavra "shihan" sugere uma outra concepção do que é ser um bom professor. Todas pessoas que foram entrevistadas para o artigo da revista ATM concordaram que o "shihan" deveria ser um modelo dentro e fora do tatami. Ser um shihan implica em ter sabedoria, a qual é refletida em como a pessoa vive sua vida. O shihan ensina vivendo uma vida exemplar.

Sendo assim, o bom shihan não se parecerá muito com um pesquisador distraído e isolado. O shihan precisa ser equilibrado, responsável, uma pessoa prática - alguém que tenha aprendido a viver com sucesso e compaixão no mundo cotidiano.

Esta visão do que é ser um bom professor está profundamente ligada ao pensamento filosófico Ocidental. Na República, Platão sustenta que é a responsabilidade e a compaixão que fazem a pessoa "iluminada" voltar-se novamente para o mundo cotidiano, se tornando assim um professor. E, em suas escritas sobre ética, Aristóteles diz que um professor de moral precisa ser uma "pessoa virtuosa", cuja vida na comunidade mostra aos estudantes um modelo a ser imitado.

Há então, uma concepção de bom professor que achamos no Aikido e nos clássicos da cultura Ocidental como por exemplo: O bom professor é compassivo, responsável e sábio - uma pessoa cuja vida cotidiana nos proporciona um modelo através do qual moldamos a nós mesmos.

É claro que uma conseqüência desta concepção, é que os estudantes devem procurar muito bem o professor certo. Eles têm que ter fé que a pessoa que eles escolherem vai conduzi-los na direção certa pois, sendo estudantes, eles não podem ver o que o professor vê.

O professor compassivo, útil não é aquele que "protelou" ao longo do caminho, mas sim aquele que "enxergou" e agora olha para atrás com sabedoria e compaixão para ajudar outros.

Recebendo esta ajuda, os estudantes não são completamente passivos. Enquanto é verdade que o professor oferece um presente, os estudantes devem de maneira ativa tentar alcançar este presente. E, apesar do que muitos parecem pensar, o presente pode ser recebido mesmo quando o professor e estudante não gostarem um ao outro. Verdadeiros estudantes desenvolvem a habilidade para aprender de qualquer pessoa, havendo um laço de amizade ou não.

No Aikido, todos nós ouvimos que a queda do uke é para receber a técnica. Como estudantes, nós somos todos ukes, todos receptores. O uke não funciona somente com amigos e, o uke não se senta passivamente no tatami e espera ser lançado.











              Copyright © 1996 Instituto Takemussu Brazil Aikikai.

08 dezembro, 2011

Pegadas e ataques (nomenclaturas)

FORMAS DE EXECUÇÃO DAS PEGADAS


KATATE DORI 
PEGAR O BRAÇO EM BASE OPOSTA, COM UMA DAS MÃOS.
AI HAMMI KATATEDORI
- PEGAR O BRAÇO EM MESMA BASE COM UMA DAS MÃOS.
RYOTE DORI 
- PEGAR OS DOIS BRAÇOS DE FRENTE COM AMBAS AS MÃOS.
KATATE RYOTE DORI 
- PEGAR O MESMO BRAÇO COM AS DUAS MÃOS.
KATA DORI 
- PEGAR UM DOS OMBROS DE FRENTE, COM UMA DAS MÃOS.
RYO KATA DORI 
- PEGAR OS DOIS OMBROS DE FRENTE, COM AMBAS AS MÃOS.
KATA DORI MEN UCHI
- PEGAR EM UM OMBRO E, ATACAR O ROSTO COM A OUTRA MÃO.
MUNA DORI
- PEGAR UMA DAS GOLAS DO DOGUI, COM UMA DAS MÃOS.
USHIRO RYOTE DORI 
- PEGAR OS DOIS BRAÇOS POR DETRÁS DO CORPO, COM AMBAS AS MÃOS.
USHIRO RYO HIJI DORI 
- PEGAR OS DOIS COTOVELOS POR DETRÁS DO CORPO, COM AMBAS AS MÃOS.
USHIRO RYO KATA DORI 
- PEGAR OS DOIS OMBROS POR DETRÁS DO CORPO, COM AMBAS AS MÃOS.
USHIRO ERI DORI 
- PEGAR O COLARINHO DO DOGUI COM UMA DAS MÃOS, POR DETRÁS DO CORPO.
KATATE DORI USHIRO KUBI SHIME 
- PEGAR O BRAÇO COM UMA DAS MÃOS E, ESTRANGULAR COM A OUTRA POR DETRÁS DO CORPO.
KATA SODE DORI
- PEGADA FRONTAL NO DOGUI NA REGIÃO ENTRE O OMBRO E COTOVELO.
SODE DORI
- PEGADA FRONTAL NA EXTREMIDADE DA MANGA DO DOGUI.

FORMAS DE EXECUÇÃO DOS ATAQUES


SHOMEN UCHI 
ATAQUE FRONTAL NA CABEÇA COM A MÃO
MEN UCHI 
ATAQUE NO ROSTO COM A MÃO
YOKOMEN UCHI 
ATAQUE LATERAL NA CABEÇA COM A MÃO
JODAN TSUKI 
SOCO ALTO (CABEÇA)
CHUDAN TSUKI 
SOCO MÉDIO (PLEXO)
GEDAN TSUKI 
SOCO BAIXO (ABDOMEM)
MAE GERI 
CHUTE FRONTAL
USHIRO GERI 
CHUTE PARA TRÁS
YOKO GERI 
CHUTE LATERAL
MAWASHI GERI 
CHUTE CIRCULAR (DE FORA PARA DENTRO)


01 dezembro, 2011

Exames técnicos



EXAME TÉCNICO (4° KYU)
01 DEZ 2011
EXAME TÉCNICO DE 3° E 5° KYUS
07/05/2011

EXAME TÉCNICO DE 4° KYU
01/09/2011
EXAME TÉCNICO DE 2° KYU
03/09/2011
EXAME TÉCNICO DE SANDAN (CAL)
29/10/2011
EXAME TÉCNICO DE 1° KYU
24/11/2011






































20 novembro, 2011

A vida de Miyamoto Musashi


Auto-retrato de Miyamoto Musashi
mostrando a postura  com duas espadas

Conhecido como Kensei, o Santo da Espada, Miyamoto Musashi dedicou sua vida a alcançar a perfeição através da arte da espada. Lutou e venceu mais de 60 duelos de vida ou morte, e nunca foi derrotado. Travou contato com outras formas de arte, como pintura, escultura, caligrafia e poesia, além da meditação Zen e o Budismo. Deixou seu estilo de luta, um grande legado de obras de arte e o mais importante tratado de estratégia do Japão, O Livro dos Cinco Anéis (Gorin no Sho).
Infância e Juventude
Musashi Sensei, ou Shinmen Musashi-no-Kami Fujiwara no Genshin, como se apresenta na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nasceu na província de Harima durante um dos mais conturbados períodos da história do Japão, quando aconteceram as últimas grandes batalhas da época dos Samurais. 
Na época, era comum no Japão uma mesma pessoa mudar seu nome em diferentes fases da vida. Na infância, Musashi Sensei era chamado de Shinmen Bennosuke. Acredita-se que recebeu as primeiras instruções de Kenjutsu de seu pai, Shinmen Hirata Munisai.

Como relata em O Livro dos Cinco Anéis, seu primeiro duelo aconteceu quando tinha apenas 13 anos. Aos 16 anos venceu outro guerreiro habilidoso, chamado Tadashima Akiyama.

A batalha de Sekigahara e os duelos em Kyoto
Em 1600, aconteceu a batalha de Sekigahara que definiu os rumos do Japão pelos próximos três séculos. Foi a partir desta batalha que Tokugawa Ieyasu ascendeu ao poder, tornando-seshogun, e teve início o período Edo (1603-1868). Nos caóticos primeiros anos do Período Edo, Musashi Sensei viveu sua juventude. Acredita-se que na batalha de Sekigahara lutou no lado derrotado como um partidário de Ukita Hideie. Mesmo assim, conseguir sobreviver ao confronto e à posterior caça aos derrotados.

Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga.

Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados "irmãos kenpo", Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes.

Musashi Sensei abateu Matashichiro e todos os alunos da academia Yoshioka que se colocaram em seu caminho. Este foi o fim da, uma vez orgulhosa, academia Yoshioka e o início da lenda de Miyamoto
Musashi.

Peregrinação Guerreira

Nos anos seguintes, Musashi Sensei continuou viajando pelo Japão em Musha Shugyo, ou seja, peregrinação guerreira em busca de embates. Confrontou muitos desafiantes, principalmente depois que sua fama se espalhou pela vitória arrasadora sobre os Yoshioka. Dentre os duelos mais importantes desta época se destacam: 

  • Monges guerreiros do templo Hozoin, famosos por seu estilo de Sojutsu (ou Yarijutsu - técnica de luta com lança);

  • Muso Gonnosuke, fundador do estilo de Jojutsu (técnica com bastão) Shindo Muso Ryu, também praticado no Instituto Niten. Gonnosuke criou o Jojutsu depois de perder o primeiro embate contra Musashi Sensei, como uma possível forma de vencê-lo. Existe um relato sobre uma possível segunda luta entre os dois, onde Gonnosuke teria empatado com Musashi Sensei, sem nenhum dos dois se declarando vencedor;

  • Shishido Baiken, um especialista na kusarigama, a foice com corrente. É uma arma exótica e de uso difícil, que também é praticada em alguns dos estilos ensinados no Instituto Niten.

O Duelo contra Sasaki Kojiro

Monumento ao duelo dos dois grandes samurais
na ilha de Funajima

O mais famoso e importante duelo de Musashi Sensei aconteceu em 1612, quando enfrentou Sasaki Kojiro, fundador do estilo Ganryu e conhecido como um dos mais habilidosos samurais de todos os tempos.
Diferentemente de Musashi Sensei, que vinha desenvolvendo seu próprio estilo a partir de suas experiências de combate, Kojiro vinha de uma notória e famosa linhagem. Estudou a espada com um famoso mestre da época, Toda Seigen, do Chujo Ryu e com Kanemaki Jisai, seu discípulo. Jisai foi o mestre do famoso Itto Itosai, fundador do Itto Ryu, um dos estilos mais importantes da época.

Na época do duelo, Kojiro era instrutor de Hosokawa Tadaoki, um importante senhor feudal. Musashi Sensei conseguiu permissão para duelar com Kojiro através de Nagaoka Sado, um antigo amigo de sua família que era conselheiro do senhor Hosokawa.
O duelo aconteceu na ilha de Funajima. A estratégia de Musashi Sensei para esse duelo foi deixar o oponente esperando. Duas horas depois do combinado para o duelo, ele partiu em um bote. Musashi Sensei sabia que Kojiro utilizava uma espada extralonga e fazia uso da distância que conseguia impor com essa arma. Para anular essa vantagem, Musashi Sensei fez uma longa espada de madeira utilizando um remo quebrado.
O embate foi rápido porém intenso. Ambos atacaram simultaneamente. O golpe de Musashi Sensei sobre o crânio de Kojiro com a pesada espada-remo foi certeiro. Conta-se que o golpe de Kojiro chegou a cortar o lenço que Musashi Sensei usava amarrado na cabeça e fez um corte superficial em sua testa. Mesmo após cair, Kojiro tentou ainda um segundo golpe, visando as pernas de Musashi Sensei, que saltou para evitar o golpe e acertou Kojiro com força nas costelas, matando então seu oponente.
Assim, segundo relatos, se deu o possível duelo mais célebre entre samurais.

Nesta época, Musashi Sensei estava se aproximando da idade de 30 anos. O duelo contra Kojiro teve um grande efeito sobre Musashi Sensei. Conforme contou em sua obra, o Livro dos Cinco Anéis (Gorin No Sho), refletiu sobre as vitórias que alcançara até então, mas não conseguiu descobrir por que vencera tantos duelos. Teria sido sua aptidão física? Ou a falta de preparo de seus adversários? Ou talvez a vontade divina?

Foi essa reflexão que influenciou o restante da vida de Musashi Sensei. Dedicou-se, então, em deixar para as gerações futuras seu legado por meio de seu estilo, que chamou de Niten Ichi Ryu.

Foi a partir desta época que entrou em contato também com outras manifestações artísticas, como pintura, escultura, poesia e até mesmo arquitetura. 

Amadurecimento

Em 1621, Musashi Sensei teve um duelo famoso, não pelo renome do oponente, mas por este ser o primeiro registro oficial de um duelo em que utilizou a técnica de duas espadas que até hoje caracteriza o Hyoho Niten Ichi Ryu. Miyaki Gunbei seu oponente, atacou Musashi Sensei repetidas vezes, tendo sua espada bloqueada a cada ataque. Deseperado, Gunbei desferiu uma estocada, que foi bloqueada pela espada curta de Musashi Sensei, ao mesmo tempo que a espada longa desferia um ataque ao rosto de Gunbei. Reconhecendo a derrota, Gunbei pediu desculpas por ter desafiado Musashi Sensei e pediu para se tornar seu discípulo.

Musashi Sensei nunca se casou, mas adotou dois filhos, Mikinosuke e Iori. Ambos se tornaram vassalos de importantes senhores feudais.

Musashi sensei não era visto como um simples ronin. Era considerado um mestre no Caminho e uma pessoa de grande sensibilidade e sabedoria, um conselheiro a ser escutado e um mestre a ser seguido. Era convidado freqüentemente para ficar em importantes feudos e tinha em seu círculo interno importantes personalidades, como o monge Takuan Soho (conselheiro do Shogun Tokugawa), Honami Koetsu (importante artista do movimento chamado "renascença de Kyoto") e dos senhores feudais Ogasawara Tadazane e Hosokawa Tadatoshi. Com este último em especial, Musashi Sensei desenvolveu uma amizade muito profunda.

Musashi Sensei conta no Livro dos Cinco Anéis que aos 50 anos finalmente alcançou a compreensão total da estratégia. O nível de profundidade alcançado no Caminho foi tão profundo que, conforme suas palavras, foi capaz de perceber o Caminho em tudo. Podemos constatar isto vendo as obras de arte que deixou. Algumas de suas obras de pintura, escultura e caligrafia chegaram até nossos dias. Ao alcançar a perfeição técnica na espada, alcançou também a perfeição nesses Caminhos.

Os últimos anos do grande mestre

O maior legado que deixou para as futuras gerações foi seu estilo, o Hyoho Niten Ichi Ryu, resultado de sua experiência no combate e profunda percepção da vida que conseguiu. Em nossa linhagem, o estilo é praticado da mesma maneira de Musashi Sensei idealizou. 

Musashi Sensei passou seus últimos anos em Kumamoto, como hóspede de seu amigo, Hosokawa Tadatoshi. A pedido deste, deixou registrado seu estilo e seu modo de pensar na obra “35 artigos na arte do kenjutsu”. Em Kumamoto ensinou o Hyoho Niten Ichi Ryu para seus discípulos e se dedicou ao estudo do budismo, à meditação e ao desenvolvimento artístico. 

No final de sua vida Musashi Sensei se isolou na caverna de Reigando, onde se dedicou à meditação e à prática ininterrupta de seu estilo. Lá escreveu O livro Dos Cinco Anéis, deixando os ensinamentos de seu estilo ao discípulo Terao Magonojo.

Musashi Sensei faleceu no dia 19 dia de maio de 1645. A seu pedido foi enterrado com a armadura completa na vila de Yuji, próximo à montanha de Iwato. Conta-se que durante seu funeral um forte trovão se fez ouvir dos céus, como se estes dessem as boas-vindas ao poderoso guerreiro.

Fonte - Site Instituto Niten




18 novembro, 2011

A História da Katana


Katana ou Catana - é o sabre longo japonês. Surgida no Período Muromachi, era a arma padrão dos samurais e também dos ninjas para a prática do kenjutsu, a arte de manejar a espada. Tem gume apenas de um lado, e sua lâmina é ligeiramente curva. Era usada tradicionalmente pelossamurais, acompanhada da wakizashi (脇差). A katana era usado em campo aberto, enquanto a wakizashi servia para combate no interior de edifícios. Apesar dos samurais terem desenvolvido tradicionalmente a esgrima usando uma espada manejada pelas duas mãos juntas, existem estilos de kenjutsu que possuem técnicas com ambas as espadas ao mesmo tempo, como por exemplo o Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu e o Niten Ichi Ryu de Miyamoto Musashi. Em sua obra, Gorin no Sho (O Livro dos Cinco Anéis), Musashi advoga o uso das duas espadas, dizendo ser "indigno do samurai morrer com uma espada ainda embainhada". O conjunto das duas armas chama-se daisho (大小), literalmente "grande e pequeno", e podia ser usado apenas pelos samurais, representando seu prestígio social e honra pessoal. A diferença entre a espada ninja (Ninja-to) e a katana samurai se dá na sua forma, sendo que a ninja tem forma reta e ponta também reta, tendo a lâmina não tão afiada (em razão da pratica do "doku no jutsu" - envenenamento), já a samurai possui uma leve curvatura e ponta semi-curva, muito bem afiada. Isso se dá a diferença de que o ninja carrega sua espada nas costas, portanto um corte vertical de cima para baixo, e o samurai levar sua espada na altura da cintura realizando um corte transversal de baixo para cima ou horizontal.
A espada Katana era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extensão de seu corpo de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas. A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de "cortar" as impurezas da mente.
Havia ainda um sabre pequeno, chamado tantô, que era utilizado não apenas para combates, mas também para o ritual do seppuku (suicídio ritual). A diferença básica entre as três era o tamanho, tendo a Katana um comprimento de 60 ~ 90 cm de lâmina (hamon); a Wakizashi entre 30 ~ 60 cm; e o tantô um comprimento de cerca de 30 cm. Cada espadachim escolhia as espadas de acordo com as suas preferências, tanto em termos de forja, quanto em termos de comprimento e curvatura da lâmina.
As medidas das espadas japonesas são referenciadas em shaku (equivalente a 30 cm). Qualquer lâmina menor que um shaku é considerada uma tanto; se o comprimento da lâmina for entre um e dois shaku então ela é considerada uma shoto (é a categoria da Wakizachi e Kodachi); se a lâmina possuir um comprimento maior que dois shaku, então ela é considerada uma Katana; e, ainda, se a lâmina tiver de quatro a cinco shaku, ela é considerada uma Masamune (Katana de três punhos)
Afora estes, existem muitas outras variantes de sabres japoneses.
Kenjutsu, Kendo, Iaidô e Iaijutsu são as artes marciais comumente associadas ao manejo da Katana.
A espada foi a arma mais usada no Japão medieval, principalmente após sua unificação pelo Shogun Tokugawa Ieyasu (início do séc XVII), período de muitos duelos entre samurais. Tão grande era sua importância que foi declarada privilégio exclusivo da classe guerreira em 1588. “A espada é a alma do samurai”, disse Tokugawa Ieyasu.
Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana (de 60 a 102 cm), usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizachi (de 30 a 60 cm), para espaços fechados. O Daishô, nome dado ao conjunto, representava o estatuto máximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e era usada só em emergências.
A história da Katana está ligada à história do Japão e ao desenvolvimento das técnicas de luta. Sua denominação muda conforme o período ao qual as peças pertencem.
Jokoto
Durante o período Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas eram feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão.
Koto
A partir do período Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava “espada japonesa” (nippon=japão, to=espada). A mudança no estilo de luta criou a necessidade de alteração no seu formato. Não se guerreava mais a pé, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta época são chamadas de Tachie representam a categoria das antigas espadas ou Koto.
Neste período, as inscrições nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando a forte ligação do cuteleiro com a religião e com seu trabalho. Foi criado o método de forjar com a superfície extremamente dura e o núcleo macio.
O período Kamakura (1185-1333), com o Japão sob domínio da classe guerreira, foi considerado a época de ouro da espada japonesa. Muitas espadas consideradas tesouro nacional foram produzidas neste período.
A Katana (a clássica arma dos samurais) surgiu no período Muromachi. Com os feudos em guerra, enquanto os exércitos cresciam, os soldados a cavalo se tornavam mais raros e a força principal vinha daqueles que combatiam a pé. Variando entre 60 a 90 cm no comprimento e com lâmina de largura uniforme, eram mais fáceis de carregar e mais rápidas para sacar.
Shinto
Era Edo. Iniciou-se o governo de Tokugawa e, apesar das armas de fogo já fazerem parte do armamento dos exércitos, as espadas ainda eram produzidas e de forma ainda mais refinada, com a matéria-prima mais acessível e a troca de experiência entre os cuteleiros que passaram a viajar com os exércitos.
As espadas deste período são conhecidas como espadas novas.
Esta fase foi curta, pois com a unificação interna do Japão, foi instituída uma lei proibindo o porte de espadas pelos samurais. Soma-se a isto a inflação e a queda na qualidade do aço produzido, piorando a qualidade das espadas.
Gendaito
Espadas feitas a partir da era Meiji são chamadas de espadas modernas ou Gendaito. Estas foram feitas na maior parte para os oficiais militares japoneses, para rituais e ocasiões públicas. Apesar de possuírem as mesmas formas de uma espada tradicional, não tinham as características principais do artesanato (feito a mão) e do aço não industrial.


ESQUEMA DE UMA KATANA





Fonte - Wikipédia (A história da Katana)



16 outubro, 2011

26 maio, 2011

Histórico do Nosso Grupo.

INICIAMOS AS NOSSAS ATIVIDADES EM MEADOS DE 2002, NO CENTRO DE ARTES MARCIAIS DO MÉIER. A FOTO ACIMA FOI TIRADA EM 2005, QUANDO JÁ ESTÁVAMOS COM 3 ANOS DE EXISTÊNCIA.

NAGARE DOJO EM 2006

EM 2007, MUDAMOS PARA O JUDÔ CLUB DINO'S, 
ONDE PROSSEGUIMOS COM O NOSSO TRABALHO DE DIVULGAÇÃO DO AIKIDÔ.

E APÓS 9 ANOS DE EXISTÊNCIA, ESTAMOS ATUALMENTE NA ACADEMIA MAXFIT.

17 maio, 2011

Vídeos


DANIEL JEAN PIERRE SHIHAN

CHRISTIAN TISSIER SHIHAN

FUMIO TOYODA SHIHAN

GAKU HOMMA KANCHO

LUC LEONI SENSEI

TEIXEIRA SENSEI









24 fevereiro, 2011

O que é Aikido

O Aikido é uma arte marcial criada no Japão nas décadas de 1920 a 1960 pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969), a quem os praticantes desta arte respeitosamente chamam O-Sensei ("grande mestre") ou Fundador. Ueshiba concebeu o Aikido a partir da sua experiência com dezenas de artes marciais, sendo as principais o daito-ryu aikijujutsu, o kenjutsu (técnica da espada) e o jojutsu (técnica do bastão curto).
O termo aikido é composto por três caracteres kanji:
  • Ai : harmonia
  • Ki : energia
  •  : caminho
Em tradução livre, "caminho da harmonização das energias".
É uma arte marcial espiritualizada, que não tem competições e cujo treino procura desenvolver sentimentos de fraternidade e cooperação. Essencialmente defensiva, baseia-se em movimentos fluidos e circulares. Os ataques são neutralizados por meio da absorção da energia do atacante, que é então incorporada ao movimento de defesa. Além das técnicas de mãos vazias, os treinos também podem incluir armas: bokken ou bokutô (espada de madeira), jô (bastão curto) e tanken ou tantô (faca de madeira).
Na sua teoria espiritual o Aikido busca a harmonia dos seres com uma energia universal chamada Ki. Este termo não tem uma tradução estrita para o português, podendo denotar diversos conceitos: respiração, sopro vital, espírito, energia, ou intenção(nas imagens quem está aplicando a técnica é denominado tori ou nage e quem sofre a aplicação é chamado uke).
Morihei Ueshiba teve dois mestres: Sokaku Takeda, mestre de daito-ryu aikijujutsu, e Onisaburo Deguchi, líder da seita Oomoto-kyo, no Japão.

O Fundador

Morihei Ueshiba, chamado de Ô-Sensei ("Grande Mestre"), fundou a arte marcial conhecida hoje como Aikido.
O mestre Ueshiba foi um profundo conhecedorde artes marciais e filosofia oriental. Assim, procurou desenvolver uma arte que continha todo o seu conhecimento, buscando integrar o homem com a energia e as leis do universo.
No Japão do começo do século vinte, o envolvimento com artes marciais era um negócio perigoso e competitivo. Disputas, rixas, e rivalidades resultavam com freqüência em lesões e até mortes.

A formulação do Aikido data de um incidente que ocorreu em 1925,  durante uma discussão sobre artes   marciais. Um desacordo surgiu entre Ô-Sensei e um oficial naval, que era instrutor de esgrima. 

O oficial desafiou Ô-Sensei para uma luta atacando-o com uma espada de madeira. Ô-Sensei desarmado enfrentou o oficial, e ganhou a luta evadindo-se dos golpes até seu atacante cair de exaustão. Mais tarde ele se lembrou que podia ver os movimentos de seu oponente antes que eles fossem executados, e assim, este foi o começo de seu esclarecimento.
Ele havia derrotado um atacante armado sem machucá-lo, sem mesmo tocá-lo. Ô-Sensei continuou a praticar e ensinar Aikido até seu último ano de vida. Observadores maravilhavam-se com suas habilidades marciais, vitalidade e bom humor.
Ele ainda dava demonstrações públicas de Aikido até a idade de 86 anos, quatro meses antes de sua morte. Depois de sua morte, em 26 de abril de 1969, o governo japonês declarou Morihei Ueshiba um Tesouro Nacional Sagrado do Japão.

ESTILOS DE AIKIDÔ

Aikikai - principal estilo, atualmente encabeçado por Moriteru Ueshiba, neto do Fundador. 

Iwama - (conhecido como Iwama Ryu ou, mais recentemente, Iwama Juku) - estilo tradicional, com grande ênfase no treino de armas e na sua relação com o treino de mãos vazias. Fundado por Morihiro Saito, uchideshi do Fundador de 1946 até 1969. Muitos consideram que sensei Saito foi o aluno que mais tempo passou estudando diretamente com O-Sensei. Saito afirmou estar tentando preservar e ensinar a arte exatamente como ensinada a ele pelo Fundador; tecnicamente assemelhando-se ao aikido ensinado por O-Sensei no início da década de 50 principalmente no dojô de Iwama. Desde a morte de Morihiro Saito, o estilo tem sido praticado dentro de uma associação independente encabeçada por seu filho, Hitohiro Saito.No entanto, existem muitas pessoas dentro da organização AIkikai, que praticam o Takemussu Aiki , o estilo que Saito ensinava, visto que muitas pessoas praticaram com Saito Sensei e que decidiram continuar dentro do Aikikai. Na verdade, o Aikikai é uma organização de AIkido e não propriamente um estilo, pois existe liberdade para a prática dentro desta organização e cada professor de cada dojo, faz o AIkido no estilo com o qual mais se afina. As competições, são proibidas em qualquer caso salvo no estilo Tomiki onde elas são estimuladas.

Shin Shin Toitsu Aikido - também conhecido como Ki-Aikido, linha fundada por Koichi Tohei com base em seus estudos com o mestre Tempu Nakamura (fundador do Shin Shin Toitsu Do, ou caminho da unificação mente-corpo). O Shin Shin Toitsu Aikido é caracterizado por técnicas muito subtis e fluidas, com ênfase no desenvolvimento do ki.

Shodokan - também conhecido como Tomiki Aikido. Fundado por Shihan Kenji Tomiki, o Shodokan Aikido é o único estilo de Aikido que permite a competição, é uma mistura do Aikido tradicional com o método de ensino do Judo moderno. Incorpora várias formas de desequilíbrio, esquiva, golpes, torções, arremessos, rolamentos e giros no seu repertório técnico. Ele ensina desde técnicas tradicionais até técnicas desenvolvidas para o meio competitivo. O Shodokan engloba kata, treino livre, competição e defesa pessoal. A participação em competições não é obrigatória.

Yoshinkan - fundado por Gozo Shioda com ênfase na eficiência em combate devido à qual é frequentemente visto como um estilo duro (hard style) em alternativa aos estilos concentrados na fluidez, estética e espiritualidade. Ensinado à polícia municipal de Tóquio.

Yoseikan Budo - une caratê, judô, aikido e kobudo, criado por sensei Minoru Mochizuki, antigo aluno de daito ryu e de aikido de Morihei Ueshiba, e do fundador do judô, Jigoro Kano.

Shin'ei Taido - criado pelo sobrinho do Fundador do aikido, sensei Noriaki (Yoichiro) Inoue (1902-1994).

Korindo - criado por Minoru Hirai Sensei, antigo discípulo do Fundador no Aikikai Hombu Dojo em Tóquio. Foi esse mestre também o responsável pela criação do nome "Aikido".

Aikido Tradicional Aikikai no Méier

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